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Professoras, letras, primeiro amor


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A professora era alta, de cabelos longos e negros, dedos finos e unhas brancas.
Pegava em nossa mão de leve e a caneta de madeira com pena de aço deslizava ruidosa sobre o papel do caderno brochura. Sentíamos os dedos longos e macios nas costas das mãos e os pêlos arrepiavam. O coração batia mais rápido, num sentimento que ainda não
sabia o que era. Quando aprendemos a escrever o nome, ganhamos um beijo de leve na face e um sorriso que ficou eternamente gravado.
Depois vieram outras professoras,outras paixões e o grande primeiro amor que usava saia azul-marinho, blusa branca e tinha o mais belo sorriso do mundo. Quando a gente a via, os olhos brilhavam, o coração batia apertado.
Na entrega do diploma no pátio do grupo escolar ela estava de branco e foi a oradora da turma, declamando uma poesia que falava de amor e parecia que falava para nós lá atrás, meio escondido, observando e sonhando com ela.
Acabada a festa, cada um foi para sua casa e a paixão eterna acabou, sem mais nem menos. Em compensação, apareceu outra deusa que não soubemos de onde vinha e que prendeu, momentaneamente, nosso coração volúvel e vulnerável como continua até hoje.

Juvenil de Souza dá aulas
gratuitas sobre amor em bares,
casas noturnas e adjacências.


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